A fibra óptica é um pedaço de vidro ou de materiais pólimericos com capacidade de transmitir luz.
Tal filamento pode apresentar diâmetros variáveis, dependendo da
aplicação, indo desde diâmetros ínfimos, da ordem de micrômetros (mais
finos que um fio de cabelo) até vários milímetros.
A transmissão da luz pela fibra segue um princípio único,
independentemente do material usado ou da aplicação: é lançado um feixe
de luz numa extremidade da fibra e, pelas características ópticas do
meio (fibra), esse feixe percorre a fibra por meio de reflexões
sucessivas. A fibra possui no mínimo duas camadas: o núcleo (filamento
de vidro) e o revestimento (material eletricamente isolante). No núcleo,
ocorre a transmissão da luz propriamente dita. A transmissão da luz
dentro da fibra é possível graças a uma diferença de índice de infração
entre o revestimento e o núcleo, sendo que o núcleo possui sempre um
índice de refração mais elevado, característica que aliada ao ângulo de incidência do feixe de luz, possibilita o fênomeno da refleção total.
As fibras ópticas são utilizadas como meio de transmissão de ondas
eletromagnéticas, temos como exemplo a luz uma vez que é transparente e
pode ser agrupada em cabos. Estas fibras são feitas de plástico e/ou de
vidro. O vidro é mais utilizado porque absorve menos as ondas
electromagnéticas. As ondas electromagnéticas mais utilizadas são as
correspondentes à gama da luz.
O meio de transmissão por fibra óptica é chamado de "guiado", porque
as ondas eletromagnéticas são "guiadas" na fibra, embora o meio
transmita ondas omnidirecionais, contrariamente à transmissão "sem-fio", cujo meio é chamado de "não-guiado". Mesmo confinada a um meio físico, a luz transmitida pela fibra óptica proporciona o alcance de taxas de transmissão(velocidades) elevadíssimas, da ordem de dez elevado à nona potência a dez elevado à décima potência, de bits por segundo (cerca de 40Gbps), com baixa taxa de atenuação por quilômetro. Mas a velocidade de transmissão total possível ainda não foi alcançada pelas tecnologias existentes. Como a luz se propaga no interior de um meio físico, sofrendo ainda o fenômeno de reflixão, ela não consegue alcançar a velocidade de propagação no vácuo, que é de 300.000 km/segundo, sendo esta velocidade diminuída consideravelmente.
Cabos fibra óptica atravessam oceanos. Usar cabos para conectar dois continentes
separados pelo oceano é um projecto monumental. É preciso instalar um
cabo com milhares de quilómetros de extensão sob o mar, atravessando
fossas e montanhas submarinas. Nos anos 80, tornou-se disponível, o
primeiro cabo fibra óptica intercontinental desse tipo, instalado em
1988, e tinha capacidade para 40.000 conversas telefônicas simultâneas,
usando tecnologia digital. Desde então, a capacidade dos cabos aumentou. Alguns cabos que atravessam o oceano Atlântico têm capacidade para 200 milhões de circuitos telefônicos.
Para transmitir dados pela fibra óptica, é necessário equipamentos
especiais, que contém um componente fotoemissor, que pode ser um diodo emissor de luz (LED) ou um diodo laser. O fotoemissor converte sinais elétricos em pulsos de luz que representam os valores digitais binários
(0 e 1). Tecnologias como WDM (CWDM e DWDM) fazem a multiplexação de
várias comprimentos de onda em um único pulso de luz chegando a taxas de
transmissão de 1,6 Terabits/s em um único par de fibras.